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Sobre o tal do Outubro Rosa....

  • Foto do escritor: Aline Mello
    Aline Mello
  • 11 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

Todos os anos quando chega Outubro vemos prédios públicos sendo iluminados de rosa, campanhas publicitárias alertam para a necessidade de prevenção. Gente de todas as esferas fazendo postagem em suas redes sociais com lacinhos rosa e textão. Maravilhoso. Precisamos mesmo trazer luz (rosa) a um tema tão importante.


Caso você não saiba, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no mundo. No Brasil, responde por cerca de 28% dos diagnósticos anuais, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. Aparece também em homens, porém neles representa apenas 1% do total de casos.


Existem vários tipos de câncer de mama. Uns evoluem rápido, outros não, porém a grande maioria tem bom prognóstico se descoberto precocemente. Aqui chegamos ao grande ponto: como teremos diagnóstico enquanto é possível tratar com bons resultados se nos falta acesso aos médicos e aos exames?


Estava pesquisando e descobri que o Paraná conta com 28 estabelecimentos habilitados ao tratamento da pessoa com câncer. Tendo sua porta de entrada as Unidades básicas de saúde. Não sei se tem conhecimento, mas em 2012 foi criada uma lei que determina que uma vez diagnosticado, a pessoa tem direito de iniciar seu tratamento (seja clínico, seja cirúrgico) em até 60 dias. E em 2019 passou a vigorar uma lei que a partir da suspeita clínica para câncer a pessoa tem direito a ter um diagnóstico específico em até 30 dias.


Excelente, não é? Porém numa busca rápida por prazos referentes ao primeiro atendimento no Sus, não foi possível encontrar nada de concreto seja referente ao Brasil ou mais especificamente Londrina. No site da prefeitura apenas consta que o prazo para o primeiro atendimento é variável conforme resultado de exames solicitados.


Todos sabemos das dificuldades enfrentadas para ter acesso ao Sus. Uma recente pesquisa realizada numa cidade de pequeno porte no estado de Minas Gerais, chegou ao tempo de espera médio de 8 meses para conseguir uma consulta com especialista. Então, será que podemos, de fato, acreditar que essas leis que preconizam prazo para diagnóstico e início de tratamento serão cumpridas sem que haja interferência judicial?


Eu sei, o cenário é desanimador. Ainda assim, insisto: mulher se olhe, se toque, vá ao médico. Ainda que o único apoio que dispõe seja o Sus. Não deixe de fazer seus exames periódicos. A prevenção pode salvar sua vida.


E a você homem, cuide da sua esposa, mãe, irmã, filha... oriente, incentive, acompanhe no médico. Mas não apenas isso, nos ajude a cobrar os deputados e vereadores a criarem políticas públicas que funcionem e vamos exigir o que é nosso por direito: saúde e acesso a tratamento de qualidade.



 
 
 

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